Produção Agricultura Realizada 100% por Mulheres
Um grupo de 37 mulheres beneficiárias do projeto Incubação e Empreendedorismo Inclusivo estão a demonstrar através do trabalho na área da agricultura que é possível cultivar, vender, sustentar a família com o que a terra lhes tem oferecido e sobretudo pagar a educação e a saúde dos filhos.
O resultado do trabalho que começou alguns meses atrás com a limpeza a reabilitação do terreno para agricultura, seguido da canalização e montagem de torneiras para facilitar o trabalho de irrigação, agora está completamente diferente, tudo verde e cheio de hortaliças, frutas, entre outros produtos agrícolas. Todo este trabalho feito manualmente por estas mulheres implicou não somente esforço físico, mas também dedicação, mostrando que o conceito de resiliência é bem presente no dia a dia e na forma de trabalhar das mesmas. Além dos 300 viveiros entre os quais, moringa, papaia e limão que já foram transplantados na comunidade e um total de 800 plantas a serem transplantadas até o final da época das chuvas, agora também melancias, abóbora, milho, arroz, inhame, malagueta, fazem parte desta vasta produção. A meta é cultivar uma área de 16 hectares.
Recentemente uma equipa de Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) visitaram este projeto comunitário e tiveram a possibilidade de ver alguns dos resultados deste trabalho idealizado e implementado 100% por mulheres que labutam diariamente.
O projeto de Incubação e Empreendedorismo Inclusivo pretende trabalhar nas áreas da agricultura, apicultura e artesanato através da incubação de empreendedores de forma inclusiva, mas com especial atenção às meninas, mulheres e pessoas com deficiência.
A revitalização das comunidades através da participação de seus membros nas atividades produtivas de reabilitação de terra para a agricultura contribuirá fortemente para o combate às desigualdades sociais.
Segundo a Fundação para Democracia Desenvolvimento Estabilidade e Paz ( FUNDDEP) a estratégia é continuar com este ritmo de trabalho e garantir que haja futuramente:
- Maior número de empreendedoras(meninas e mulheres);
- Aumento de oportunidades de emprego (cada empreendedor poderá não só ter seu próprio rendimento, assim como empregar outros membros da sua comunidade);
- Diminuição da desigualdade social (mulheres/jovens em situações desfavoráveis e pessoas com deficiências deixarão de ser um peso para as suas famílias mas sim empreendedores, geradores de rendimento e membros ativos nas suas próprias comunidades);
- Redução da pobreza e melhoria das condições de vida das famílias mais desfavorecidas (maior número de pessoas com rendimento que contribuírem para o sustento das suas famílias).
É muito importante sublinhar que a comunidade local está engajada com o projeto e reconhece a importância de projetos desta natureza, uma vez que a agricultura além de garantir a sobrevivência do ser humano, fornece matérias primas que são utilizadas nas industrias.
Este projeto é financiado pelo PNUD através da plataforma Na Nô Mon e implementado pela Fundação para Democracia Desenvolvimento Estabilidade e Paz (FUNDDEP).
Veja as fotografias do projeto!