Primeira Plataforma Telemedicina Inaugurada na Guiné-Bissau
O primeiro Centro de telemedicina foi inaugurado ontem dia 26 de março na Guiné-Bissau, sob o lema " Quebrar as barreiras do tempo e do espaço através da telemedicina".
A ideia é atender à distância numa primeira fase, pacientes nas áreas de neonatologia, pediatria, maternidade e ecografia no âmbito do Programa Integrado para a redução da Mortalidade Materno Infantil (PIMI ) no país.
A inauguração da plataforma no Hospital Militar de Bissau que contou com o apoio da União Europeia e a cooperação portuguesa, representa sem dúvida um passo importante para garantir mais serviços de saúde a população guineense, aumentando a possibilidade de consultas para cidadãos que se encontram também nas localidades mais remotas.
Em muitos países, os médicos já utilizam a telemedicina (atendimento virtual através de dispositivos digitais como smarphones, computadores, etc.) para avaliar se é necessária ou não a presença física do paciente, fornecer certos tipos de cuidados médicos, como avaliação de infeções menos graves, consultas de saúde mental, prescrição/renovação da receita médica, marcação de consultas etc.
Para um país como a Guiné-Bissau, este é um passo importante para responder as necessidades de muitos pacientes, porque muita das vezes são obrigados a se deslocar, inclusive para fora do país afim de efetuar consultas. Todo o processo de consultas as vezes implica um longo tempo de espera, viagens, enormes custos financeiros para estadias e para as consultas.
Segundo o diretor geral do Hospital Militar Principal (HMP) de Bissau, Ramalho Cunda, este centro " é a resposta da União Europeia ao Plano Estratégico do hospital perante a carência de especialistas, que faz com que muitos doentes procuraram respostas no Senegal ou em Portugal, através da Junta Médica".
Esta plataforma é mais um instrumento que irá contribuir significativamente para a redução da Mortalidade Materno Infantil, salvando desta forma a vida de muitos pacientes.