Nova Campanha de Informação para o Abandono das Práticas Nefastas à Saúde da Mulher e Criança

A Nova Campanha de Informação apresentada  no passado dia 29 de Setembro do corrente ano pelas ONGs "P&D Factor" e o Comité Nacional para o Abandono das Práticas Nefastas à Saúde da Mulher e Criança, propõe uma abordagem clara e simples através de imagens ilustrativas e mensagens que permitem com que as pessoas com baixo nível de literacia sejam capazes de entender com muita facilidade  as informações transmitidas.

A campanha inclui folhetos, cartazes e manuais que serão distribuídos pelos animadores do comité que trabalham diretamente com a população.

Segundo a presidente do Comité para o Abandono das Práticas Nefastas à Saúde da Mulher e da Criança, Marliatu Djaló Condé “O material apresentado é único pelas características da população a que se dirige. Alavancam as ações de visibilidade, informam com maior facilidade e eficiência as pessoas iletradas através de imagens ilustrativas e mensagens fáceis de compreender”.

Marliatu Djaló Condé  disse que  “Sabemos que numa sociedade como a nossa as mulheres constituem a camada mais vulnerável, onde os seus direitos fundamentais são diariamente violados desde o acesso à educação e saúde. As mulheres ainda são vítimas de violência, como a mutilação genital feminina, casamento precoce e forçado, violência doméstica e económica”.

Como se pode constatar, é uma situação muito preocupante, que necessita da ações concretas para garantir que o direito das mulheres seja garantida.

Este trabalho vem na sequência de uma necessidade previamente destacada pelos  profissionais que operam junto a comunidade guineense. Como explica a diretora executiva da organização não-governamental portuguesa P&D Factor, Alice Frade “Esta foi exatamente uma resposta a esse pedido. Os profissionais solicitavam materiais para o trabalho com a população, com baixo nível de literacia e de analfabetismo, e a resposta encontrada foi esta”,

Para Alice Frade, este trabalho  não inclui somente o abandono das práticas nefastas mas “também aposta na escolarização das meninas e das raparigas e a promoção da saúde sexual, bem como garantir a educação social compreensiva das raparigas e dos rapazes”.

É  de se recordar que a informação neste caso é um elemento crucial para o combate contra os vários tipos de violência, e sobretudo, é importante entender que  o combate a violência baseada no género é essencial para redução da desigualdade de género.

A nova  campanha de informação foi apresentada no Centro Cultural português, em Bissau, durante um seminário dedicado ao tema “Comunicação e Informação sobre Práticas Nefastas”.