Dados Ambientais Revelam: África tem mais de7 bilhões de árvores fora das florestas
Segundo a pesquisa realizada recentemente pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, e a Comissão da União Africana, existem no continente africano cerca de 7 bilhões de árvores fora das florestas.
"O continente acolheu a primeira coleta e análise de dados em nível global que revelou haver mais florestas e terras aráveis do que detectadas anteriormente".
A preservação da natureza hoje em muitos países é considerada uma prioridade devido a sua extrema importância para o ecossistema e para a vida.
A iniciativa desta pesquisa é considerada a primeira do género porque "é a primeira que levantou dados ambientais sobre o tema em nível global; experiência é considerada uma inovação mundial realizada na região, o estudo revelou quase 350 milhões de hectares de terras agrícolas, mais do dobro em relação à União Europeia".
Estes dados permitem ter uma ideia da riqueza do continente, ao mesmo tempo serão fundamentais para monitorar futuramente a questão da desertificação, dos principais agentes de destruição e elaborar ações que visam a preservação, impulsionando também outro género de pesquisas relacionados com o meio ambiente.
Perante esta descoberta, a problemática da fome que muito se fala no continente, poderá ser analisada numa perspectiva diferente. De facto, o representante regional da FAO para a África, Abebe Haile-Gabriel fez uma observação pertinente questionando a razão pela qual a fome é continuamente destacada como um dos problemas do continente, mostrando que as informações reveladas por esta pesquisa irão permitir o combate a esta problemática.
Recentemente a FAO apelou para uma maior disponibilidade de alimentos na África por ter dados muito preocupantes relacionados com o continente. Por exemplo, no caso dos países do PALOP que a Guiné-Bissau faz parte, os dados apontam que " São Tomé e Príncipe é o único país de língua que deve alcançar 80% das cinco metas nutricionais da Organização Mundial da Saúde, OMS; um terço das crianças da região subsaariana tem problemas de crescimento; e 75% dos africanos não têm o suficiente para pagar por uma dieta saudável com frutas, proteínas, vegetais e animais". E " Já a Guiné-Bissau não apresenta dados no estudo, mas consta entre os países que sofrem pela influência de insegurança, da desaceleração econômica e de choques climáticos que inter-relacionados aumentaram a prevalência da desnutrição".
Muito provavelmente esta pesquisa irá contribuir fortemente na melhoria do processo da alimentação presente no continente.
As árvores desempenham um papel fulcral quando falamos do aquecimento global da absorção do dióxido de carbono, da produção do oxigênio entre outros elementos indispensáveis para a sobrevivência humana.