Capacitação de Polícias e Militares da Guiné-Bissau Para Defender os Direitos das Mulheres e Crianças
No dia 18 de Junho de 2021, um grupo de Polícias e militares terminaram uma formação com objectivo de reforçar a capacidade de defender os direitos das mulheres e crianças, que agravaram com a pandemia provocada pela covid-19.
Esta formação está inserida no âmbito da implementação do Projecto dos Direitos das Mulheres e Meninas, financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Associação dos Amigos das Crianças (AMIC) e a Casa dos Direitos.
A AMIC na qualidade da organização portadora deste projeto e membro da Casa dos Direitos, trabalhará com este consórcio e parceiros, com a pretensão de promover um conjunto de iniciativas para a promoção e defesa dos direitos das meninas e mulheres a diversos níveis, particularmente as vitimas de violência, incentivando a responsabilização por parte dos detentores de obrigações, através da sensibilização, capacitação dos diferentes atores, nomeadamente autoridades locais e nacionais e não estatais sobre o direito das mulheres. Neste sentido, serão organizados vários Workshops de Capacitação às Forças de Defesa e Segurança sobre Direitos das Mulheres e Meninas em Bissau, Biombo, Canchungo e Ingore.
Em geral o que se propõe é incentivar uma abordagem mais séria e pedagógica das problemáticas da violação dos direitos das mulheres e raparigas por parte das Forças de Defesa e Segurança, e que não seja discriminatória, e concretamente:
- Reforçar o conhecimento das forças de Defesa e Segurança sobre Direitos das Mulheres e Meninas a luz da Comunidade Internacional e Nacional
- Mobilizar maior engajamento das forças de Defesa e Segurança na luta contra violação dos Direitos das Mulheres e Meninas na Guiné-Bissau ;
- Reforçar a proteção dos Direitos das mulheres e meninas antes, durante e após os conflitos armados
Para cada sessão da capacitação das forças de defesa e segurança estão previstas a participação de 10 agentes de Guarda Nacional, 20 agentes de Classe castrense e 20 de Polícia de Ordem Pública, no Total são 50 participantes. Entretanto, o número poderá variar em diferentes regiões de acordo com a sua particularidade.
Considerando que os dados mundiais apontam para o aumento de desigualdade social e violência de mulheres e meninas causada pela Covid19, torna-se cada vez mais importante trabalhar no sentido de diminuir os impactos negativos que esta situação acarreta, de modo a construir futuramente uma sociedade mais justa e inclusiva.
É de salientar que o projeto também já formou cerca de 50 jornalistas e vão também haver sessões de formação para mulheres.