25 De Maio - África Novos Horizontes

No dia 25 de Maio  de 1963 foi criada a Organização de Unidade Africana (OUA) em Addis Abeba na Etiópia, por isso, esta data foi escolhida como o Dia da África. Em 2002 a OUA foi substituída pela União Africana, mas a data 25 de Maio continuou como sendo o dia da África.

Para muitos africanos o objectivo da comemoração desta data prende-se com o processo  de reflexão sobre o continente, a história do colonialismo, os desafios presentes no continente e a forma como o continente deverá posicionar-se para continuar a trabalhar no sentido de resgatar  valores e acionar medidas que favoreçam o desenvolvimento do continente em todas as áreas.

Este ano, a data será comemorada dando enfâse a arte, a cultura  e o património, valorizando o leque de riqueza do continente. Em muitos países, os eventos realizados servem também para informar e educar a população sobre o conceito das suas raízes. 

Segundo o Secretário-geral das Nações Unidas,  António Guterres "o rico e diversificado patrimônio cultural e natural regional é importante para o desenvolvimento sustentável, a redução da pobreza e a construção e manutenção da paz".  

Os vários desafios como a mudança climática, economia sustentável, a desigualdade social, conflitos, liderança, estabilidade política, questões relacionadas ao gênero,  continuam ainda a ser uma prioridade na agenda africana, muito embora, alguns dados apontam que o uma boa parte do trabalho em curso para resolver estas questões, foi afectado pela Covid19, e isto poderá provocar em alguns casos retrocessos ou alterações, consideradas consequência global do contexto atual desenhado pela pandemia.

Para António Guterres, "a pandemia expôs as desigualdades profundamente arraigadas e colocou em risco os ganhos de desenvolvimento conquistados com muito esforço em toda a região e além".  O Secretário-geral das Nações Unidas disse ainda, "ter aumentado as causas do conflito, piorado desigualdades e exposto as fragilidades da governança em muitas nações . Os exemplos disso são particularmente a prestação de serviços básicos como saúde, educação, eletricidade, água e saneamento".  

Sonhar a África onde a população vê os seus direitos garantidos, os deveres compridos  e as necessidades básicas resolvidas, é uma realidade que muitos africanos acreditam que um dia irá acontecer, visto que é um continente jovem, rico e com fortes potenciais para se afirmar globalmente, mudando de vez o passado de pobreza extrema que ainda hoje é presente em algumas regiões, impulsionando a economia para que estrategicamente  o continente possa se posicionar na plataforma mundial de negócios, permitindo que a população usufrua de forma correta daquilo que o continente oferece.