Fim de Leis e Medidas Que Discriminam Mulheres é o Apelo Feito Pelas Nações Unidas
O continuo trabalho feito a nível mundial para garantir o direito das mulheres não parece estar a correr da forma como seria desejável.
Segundo as Nações Unidas, "os avanços dos direitos das mulheres no mundo têm ocorrido num ritmo lento demais". Não é novidade que existe um movimento em todo o mundo que está a pressionar e a impulsionar a inclusão das mulheres em todas as esferas, mas infelizmente os resultados apontam que ainda existe muito por fazer.
De facto, no fórum realizado este ano no passado dia 29 de Março no México, a ONU pediu fim de leis e medidas que descriminam as mulheres.
O Secretário-geral das Nações Unidas António Guterres, disse que "o mundo, dominado por homens, precisa incluir mulheres em processos de decisão" para ele, "a desigualdade de gênero é uma questão de poder".
Algumas instituições no mundo estão a colaborar neste sentido, visto que algumas delas têm adotado cada vez mais políticas incentivadoras para que as mulheres possam concorrer e assumir pastas de grandes responsabilidade.
Para António Guterres "as mulheres continuam agindo para vencer as instituições patriarcais e as normas sociais profundamente arraigadas, e obtiveram várias conquistas, mas o mundo permanece sendo dominado por homens.
O Secretário-geral mostrou preocupação com a segurança das mulheres, porque segundo ele, as leis discriminatórias estão de volta e a violência a mulheres está a aumentar. Um assunto sério que precisa de medidas urgentes para evitar o seu crescimento, uma vez que poderá comprometer muitas conquistas alcançadas até agora.
António Guterres apontou cinco medidas chaves que irão ajudar a combater esta problemática fortemente presente na nossa sociedade, que são:
1 - Proteger os direitos iguais das mulheres e revogar leis discriminatórias, como por exemplo a de que mulheres não podem herdar terras e propriedades, em algumas partes do mundo.
2 - Garantir uma representação igual desde os conselhos de administração das empresas aos Parlamentos, se necessário pelo sistema de cotas.
3 - Promoção da inclusão econômica das mulheres por meio de remuneração igual, proteção no emprego, crédito direcionado e investimentos na economia de cuidados e proteção social
4 - É preciso criar planos de resposta de emergência para lidar com a violência contra mulheres e meninas.
5 - Dar espaço à transição intergeracional em curso e aos jovens que defendem um mundo mais justo e igualitário.
A segunda parte deste fórum está marcada para o dia 30 de Junho em Paris, onde de acordo com António Guterres serão revistos os compromissos e investimentos mais ambiciosos para se chegar à meta da igualdade de gênero em todo o mundo.
Esta notícia além de ser importante é encorajadora para as mulheres de todo o mundo que lutam diariamente para conquistarem os seus direitos.