"Soberania e Resiliência Alimentar " Cimeira Alimentar Africana
"Alimentar África é uma prioridade que se tornou urgente" é o lema em destaque este ano na cimeira sobre segurança Alimentar que decorre entre os dias 25 à 27 do corrente mês em Dacar.
Esta cimeira visa unir esforços dos diversos participantes, chefes de Estados, representantes de Governos, setor privado, organizações multilaterais, ONGs a fim de analisar o crescente desafio da segurança alimentar na África, mobilizar recursos necessários para mudar o panorama atual e contribuir para a transformação do sector agrícola no continente africano.
Este evento é considerado de extrema importância sobretudo neste momento onde as consequências da pandemia da Covid 19, alterações climáticas, bem como o custo e a escassez de fertilizantes estão bem presentes.
Para desencadear novas dinâmicas de produção, industrialização, distribuição de produtos, o continente entendeu que precisa agir rápido, investir na inovação e tecnologias.
O potencial do continente é visível em termos da ampla extensão de terras férteis e de clima propício para a agricultura. De facto, para impulsionar o crescimento deste sector o Grupo Banco Africano de Desenvolvimento prometeu 10 mil milhões de dólares nos próximos cinco anos para impulsionar os esforços de África para acabar com a fome e tornar-se um fornecedor de alimentos básicos para si e para o resto do mundo". A agricultura é considerada por muitos como o principal motor para o combate à fome no continente africano.
A soma anunciada pelo Banco associada ao compromisso dos governos e das empresas em aumentar a produção de forma sustentável, poderá mudar a realidade económica e social do continente.
Segundo a informação publicada pelo Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, pode-se dizer que de uma forma geral o que se espera obter desta cimeira é o seguinte:Mobilizar o compromisso político de alto nível em torno da produção, mercados e comércio; Mobilizar e alinhar recursos governamentais, parceiros de desenvolvimento e financiamento do sector privado; Compartilhar experiências bem-sucedidas em alimentos e agricultura em países selecionados e plataformas para ampliar o apoio à agricultura; Duplicar a produtividade agrícola com tecnologia de ponta para culturas, pecuária e aquicultura adaptadas ao clima e serviços de consultoria e apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de um pipeline de tecnologias agrícolas resilientes ao clima;Desenvolver infraestrutura e logística necessárias com zonas especiais de processamento agroindustrial para construir mercados e cadeias de valor de alimentos e agricultura competitivas etc.
Esta é uma oportunidade para que o continente possa reduzir a importação de vários produtos alimentícios, aumentar a exportação dos mesmos, atrair investidores, e posicionar-se bem perante um mercado cada vez mais competitivo.