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Protegendo o Ecossistema - Plataforma de Viveiros ADJA Boé

15 Abril 2022
Viveiro Adja Boé

A Plataforma de Viveiros Adja Boé é um projeto comunitário que visa responder algumas necessidades concretas, identificadas pela população de Boé, um dos sectores mais pobres do país. 

Boé, apesar de ser uma cidade histórica considerada uma das mais importantes durante a guerra colonial, é uma cidade de difícil acesso e sem infraestruturas.

Considerando as condições gerais da zona, sobretudo a escassez de produtos importantes para a sobrevivência do dia a dia, a população sente-se obrigada a deslocar-se a cidade de Gabú, que dista cerca de 83 km , cada vez que precisa comprar um algo.

Neste sentido, a juventude local pertencente a Associação dos Jovens Defensores do Ambiente Boé (AJDA BOÉ) decidiu agir e elaborar uma proposta de projeto comunitário, que visa capacitar jovens e mulheres para instalação da plataforma de viveiros florestal, hortícolas e frutícolas para a conservação e regeneração das espécies raras.  

Assim, AJDA BOÉ propôs a realização das seguintes atividades como: Sensibilização da população local sobre os valores do ecossistema e das medidas de proteção; Sessões de formação  para 110 mulheres sobre técnica hortícolas, enxertia e restauração das terras ameaçadas; Viveiro florestal e frutícola silvestre construída de plantas de diferentes famílias adaptáveisVedação de 3 hectares de campo para viveiros e serviços da horticultura dos legumes  a favor das mulheres; Sistema de abastecimento de água reabilitado; Aquisição das sementes, materiais de hortícolas, plantas florestais e de frutas, para a implementação o do projecto.

Durante o mês outubro/novembro após a limpeza, vedação do terreno e a aquisição das sementes, uma equipe da Na Nô Mon, efetuou uma visita ao terreno para constatar o trabalho em andamento, e entender as dificuldades relatadas pela população. As mulheres mostraram a alegria de estarem envolvidas neste projeto, sobretudo no que diz respeito ao processo de sementeira.

Djuldé Embaló uma das beneficiarias do projeto disse que além do fator económico, a sua dieta alimentar mudou completamente graças a este projeto. Embaló deu exemplo da quantidade de pimentão que conseguiram produzir, e afirmou que desde 1998 elas não cultivavam a cebola. 

Hoje, os resultados são bem visíveis, em termos de horticultura as mulheres já começaram a recolher o fruto do seu trabalho. Este projeto, ao Impulsionar a economia local e melhorar a dieta alimentar, faz com que muitos pais e encarregados de educação, poderão investir mais na educação dos seus filhos, garantindo-lhes um futuro melhor.

 O facto deste projeto estar a ser implementado em paralelo com a construção do mercado de Boé (ambos financiados pela Plataforma Na Nô Mon), concretamente em Beli, alguns dos principais problemas da zona, como a conservação dos alimentos,  as trocas comerciais e a valorização dos produtos locais, sejam ultrapassados. 

Portanto, o que se espera com a implementação destes projetos é que as aldeias possam ter um input económico, estar mais conectadas em termos de trocas comerciais, e contribuir para processo para de desenvolvimento de Boé .

#Projeto financiado pelo PNUD através da plataforma Na Nô Mon

Veja o vídeo abaixo e entenda melhor o projeto.

 

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