Baixa o Índice de Descriminação de Género Em África
A África baixa o Índice de Descriminação de Género, segundo o relatório Mulheres Empresas e o Direito(woman Business and Law) do Banco Mundial de 2022.
O relatório aponta que foram registados progressos em vários países apesar das consequências da pandemia da Covid19.
Para a realização deste relatório foram analisadas leis e regulamentos em 190 países, com base nos seguintes indicadores: Mobilidade, trabalho, remuneração, casamento, parentalidade, empreendedorismo, ativos e pensões. Indicadores importantes que refletem diretamente a participação económica das mulheres.
De acordo com as informações presentes no relatório 23 países fizeram reformas em suas leis, rumo à inclusão económica das mulheres. Ações muito relevantes considerando que em todo o mundo as mulheres têm três quartos dos direitos legais concedidos aos homens.
Alguns exemplos fornecidos por este relatório que em relação a África-subsaariana que podem ser citados aqui são:
- O Gabão fez extensas reformas em seu código civil e a promulgação de uma lei de combate à violência contra as mulheres;
- O Benin removeu as restrições ao emprego de mulheres na construção de modo que agora as mulheres podem ter os mesmos empregos que os homens;
- A Angola promulgou legislação criminalizando o assédio sexual no ambiente de trabalho;
- O Burundi autorizou a remuneração igualitária para trabalhos de igual valor;
- A Serra Leoa facilitou o acesso ao crédito para as mulheres proibindo a discriminação de gênero no acesso aos serviços financeiros;
- O Togo implementou nova legislação que não mais proíbe a demissão de mulheres grávidas, reduzindo as oportunidades econômicas das mulheres.
Todos estes passos mostram que existe um interesse em atuar no sentido de mudar a realidade das mulheres no mundo, mas como declarou Mari Pangestu, Diretora-executiva de Parcerias e Políticas de Desenvolvimento do Banco Mundial “Apesar dos progressos, a diferença entre as expectativas salariais ao longo da vida de homens e mulheres no mundo todo é de US$ 172 trilhões, equivalente a quase duas vezes o PIB mundial anual” afirmando que "para alcançar um desenvolvimento verde, resiliente e inclusivo, os governos precisam acelerar o ritmo das reformas legais de modo que as mulheres possam alcançar todo o seu potencial e se beneficiar total e igualitariamente".
Estas informações indicam claramente, que ainda é necessário trabalhar muito para mudar a o quadro de inclusão e igualdade de género no mundo.
Veja aqui a situação de outros países em relação a este aspecto.