9ª conferência sobre as Mudanças Climáticas em África
Teve inicio esta semana na ilha do Sal em Cabo verde, a 9ª Conferência para o Clima e Desenvolvimento em África(CCDA), sob o lema "Para uma transição justa que resulte em emprego, prosperidade e resiliência climática em África: alavancando as economias verde e azuís."
Muitos são os temas que serem abordados durante esta importante conferência que visa analisar, debater e traçar o crescimento económico, social e ambiental com base no conceito da sustentabilidade.
Por motivos de segurança de saúde, optou-se por formato híbrido(presencial e online) permitindo uma participação maior de conferencistas. Segundo os dados apontados, mais de mil pessoas participaram deste evento online, o que demonstra interesse e vontade em colaborar com a questão em causa.
Os recursos naturais da África, permitem ao continente produzir energias consideradas "limpas" ou seja menos poluente. Mas para tal, é preciso adoptar estratégias muito claras sem comprometer o crescimento e desenvolvimento do continente.
O primeiro ministro de Cabo verde Ulisses Correia pediu “respostas globais” aos efeitos das alterações climáticas e uma “posição única africana.” neste sentido.
Para o primeiro-ministro de Cabo Verde, o continente africano tem um “papel indispensável” nos esforços globais para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius. Ulisses Correia sublinhou que “A África é tomadora de crises. É o continente que produz menos emissões de gases com efeito de estufa – 4% do total – mas que sofre mais as consequências das alterações climáticas.”
Existe um preocupação mundial notável em relação as alterações climáticas que se tem verificado no mundo ao longo dos anos, assim como, esforços que visam reduzir os efeitos devastadores que estas mudanças implicam. O continente africano desempenha um papel muito importante nesta matéria. Desta forma, a participação e o envolvimento dos líderes africanos para solucionar futuros problemas relacionados a mudanças climáticas a ambientais acaba por ser crucial.
A África tem sofrido muitas consequências com as alterações climáticas, que comprometem e afectam a qualidade da água, a agricultura e alimentos, a saúde humana, o ecossistema, assim como, zonas habitacionais precárias devastadas por fortes enchentes.
Projetar um continente que garante uma melhor qualidade de vida para a população africana e mundial faz parte da linha de trabalho traçada por esta conferência.
A abertura da 9ª conferência sobre as Mudanças Climáticas em África contou com a participação do primeiro-ministro de Cabo Verde Ulisses Correia e Silva, da comissária da Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável (ARBE) e representante da Comissão da União Africana, Amb Josefa L. Sacko, a sub-secretária Geral das Nações Unidas e Secretária Executiva para a Comissão Económica em África, Vera Songwe, e o representante do Banco Africano de Desenvolvimento, Al-Hamdou Dorsuma.