Passar para o conteúdo principal

17 Jovens Guineenses Resgatados pela OIM

17 Novembro 2021
imigração clandestina

A imigração clandestina tem sido um grande problema ao longo dos anos. Muitos africanos saem diariamente do continente africano a procura de um futuro melhor. O destino principal que muitos ambicionam e sonham é a europa. Infelizmente, devido algumas informações que recebem, muitos acabam por escolher vias ilegais para alcançar os seus  objectivos.

Esta é uma situação bastante preocupante, pois o percurso para chegar ao continente europeu, por via ilegal, representa um grande perigo. As viagens em condições desumanas às vezes fazem com que estes não cheguem ao destino final, e em casos mais graves morrem pelo caminho. A europa apesar de ser uma meta importante, ao que tudo indica, não é a única.

A delegação da Guiné-Bissau da Organização Internacional das Migrações (OIM) resgatou  recentemente 17 jovens guineenses da Gâmbia. "Os jovens tinham saído do país com falsas promessas de trabalho" como disse a representante da OIM, Fátima Teixeira.

A falta de informação, associada em muitos casos com a de escolaridade,  fazem com que os imigrantes considerados clandestinos, ignorem os riscos e perigos que este tipo de imigração comportam. A escassez de emprego, a falta de condições económicas e sociais, geralmente são os principais argumentos mencionados, para a tomada de decisão rumo a imigração. Por vezes, estes imigrantes acabam por ser alvo de indivíduos desonestos.

Segundo Fátima Teixeira, "Estes 17 jovens não foram coletivamente recrutados, mas encontravam-se na Gâmbia na mesma situação, ou seja, vários deles foram abordados na região de Cacheu ...,  individualmente e às vezes por pessoas que conhecem, que também estão na Gâmbia, que lhes prometeram que tinham contrato e salário certo em várias atividades".

Ao que tudo indica, estas informações não eram verídicas, e os jovens sentiram-se abandonados e pediram ajuda a OIM. 

Os jovens que foram acompanhados pela OIM da Gambia, neste momento, já se encontram no país, onde receberam o apoio da OIM Guiné-Bissau para voltarem para a suas casas e "começar a vida de novo", como afirmou Fátima Teixeira.

A representante alertou que "A prática é nova na Guiné-Bissau e que está a chegar aos jovens guineenses".

Fátima Teixeira sublinhou "Esta é uma prática já nossa conhecida em vários países da região em que vários jovens são recrutados e pagam entre 500 (750 euros) e um milhão de francos cfa (cerca de 1.500 euros) por essa tal promessa de contrato, mas normalmente acontecia muito na zona Conacri e na Gâmbia. O recrutamento de jovens na Guiné-Bissau está agora de facto a preocupar e chegar perto da juventude guineense".  

Estas informações são muito úteis para alertar a população sobre o risco que podem correr ao obterem informações e promessas falsas, que muito pelo contrário, ao invés do prometido, pode colocar as pessoas numa situação de risco que poderá lhes custar até a própria vida.

Segundo constam os dados disponibilizados em maio "Nos últimos três anos, a OIM ajudou 700 guineenses a regressar ao país".

A OIM fornece informações a todas as pessoas que tenham dúvidas sobre este assunto.

 

Inscreva-se na nossa lista de e-mails