Passar para o conteúdo principal

Solução: Poder da Bentana - Produção e comercialização de Peixe (Tilápia)

Desenvolvido por: MANÉ NANQUE PISCICULTURA

Publicado: 12 Jan 2023
Última edição: 13 Jan 2023
319 visualizações

Contexto

O projeto ‘’ Poder da Bentana" surgiu numa altura em que a escassez e a insegurança alimentar assola o continente africano especificamente a Guiné-Bissau, em particular, o sector de Bambadinca devido à crise alimentar mundial causada pelo COVID-19 e a Guerra da Ucrânia. A pobreza e o consumo dos peixes congelados, desidratados e pequenos é uma das causas do aumento das doenças nas comunidades. A áfrica é o continente com o maior número de população jovem que esta está a ser mal aproveitada, e sendo os jovens um tremendo recurso para tornar o agronegócio como novo petróleo da áfrica e fazer face às crises alimentares no continente, torna-se importante ter projectos desta natureza, pois são de extrema relevância para o continente, sobretudo num momento em que existe uma grande atenção focalizada nas questões relacionadas a imigração.

A Mané Nanque Piscicultura é um empreendimento socioambiental de direito privado com fins lucrativos, mas com ações de impactos sociais na comunidade onde está inserida. Esta empresa  criada em  2020, no Instituto das profissões e tecnologias (IPT) pelos estudantes da pesca, já atua neste sector, mas com foco na comercialização e transformação de farinha de peixe (de forma biológica) para as zonas  mais vulneráveis e hoje tem mais de 20 mulheres que colaboram de forma direta com a empresa. Neste momento, a empresa está focada em implementar o projecto que visa a criação e a comercialização do peixe Bentana (Telápia) no sector de Bambadinca.

Hoje, com as mudanças climáticas somos obrigados a ser resilientes e condenados a transformar os recursos para o nosso bem-estar, razão pela qual, este projecto decidiu focar no sector de Bambadinca, que é uma zona fértil, com a grande produção de milho, batata, e também com uma quantidade de água que facilita o cultivo da soja, tendo em conta, a qualidade do solo e o clima muito fávorel para os alevinos e para a produção de alimentos para os peixes. Ter matérias-primas necessárias para atender a demanda do mercado é muito importante.

A produção de peixe  será  feita de acordo com os padrões biológicos do modelo Songhai. O seu consumo é benéfico para o bem-estar da população, por ser muitos rico em proteínas e vitaminas (B e D). A ração utilizada como alimento para os peixes será  a  base dos produtos bio e será produzida pela empresa, reduzindo assim o custo de produção e o preço final do mesmo. O pescado vai ser  acessível a todos os estratos sociais de diferentes localidades.

O peixe é rico em vitaminas B, D e fósforo, e é uma das fontes mais importantes de proteína animal para o bem-estar humano. A Mané Nanque piscicultura surgiu para dar resposta a problemática de escassez de peixe de boa qualidade, a um custo inferior, de fácil acesso, promovendo desta forma o “consumo local. Este sector é primordial para alavancar um país que é totalmente costeiro, onde  80% da sua população vive na zona costeira e depende diretamente destes recursos.

A base da dieta alimentar da população guineense em geral e do sector de Bambadinca em particular, é composta principalmente por produtos congelados cheios de químicos nocivos à saúde humana e isto contribui para redução da esperança média de vida.  Além disso, a localidade está cheio de jovens dinâmicos que poderiam trabalhar neste projecto. 

O CEO da empresa é  um jovem, guineense formado no domínio da pesca e é um dos beneficiários de formação em piscicultura no centro regional Songhaï.

Objectivos

Objetivo geral: Fomentar a economia azul, através do uso sustentável dos recursos marinhos para garantir a segurança alimentar e combater a pobreza. Produzir e comercializar os peixes (tilápia) no sector de Bambadinca.

Objetivos específicos:

Transformar peixe desidratado e fumado em farinha;

Produzir e comercializar 3000  Bentana (tilápia), no primeiro ano e com a probabilidade de aumentar 20% no segundo e 30% no terceiro ano;

Contribuir para a redução dos consumo de peixes congelados;

Participar na promoção do auto-emprego e a economia azul para a concretização do ODS 1,2,3,8 e 15;

Contribuir para a redução do êxodo rural de jovens do campo para a cidade;

Comercialização dos frutos do mar;

Capacitação e mentoria.

Impacto Esperado

Colocar no mercado um produto diferente e sobretudo de qualidade, rico em proteína totalmente orgânicos/BIO e sem utilizar produtos químicos. Considerando que este peixe (fresco ou desidratado) tem uma grande importância na culinária guineense e são ricos em ácidos graxos ómega 3 de “cadeia longa”, ácidos gordos poli insaturados (benéficos para a nossa saúde especialmente cardiovascular, que muitas vezes falta na nossa alimentação atual), proteínas, minerais (P, Fe, Mg, selênio) e vitaminas (B3, B6, B12, D, E), é fácil entender que o seu consumo irá contribuir para melhorar a saúde da população de um modo geral, e em particular: a boa saúde do cérebro, o funcionamento do sistema imunitário, a manutenção da pele, a prevenção do cancro e da próstata. A gordura que contém é isenta de colesterol, acima de tudo são ricos em proteína.

Além da comercialização nos postos de venda, a entrega de peixes vivos também será feita ao domicílio.

 

Localização

Inscreva-se na nossa lista de e-mails